terça-feira, 18 de agosto de 2009

DIPLOMACIA: ACORDO VATICANO E BRASIL

EXPECTATIVAS COM RELAÇÃO AO ACORDO

Na semana passada, a Comissão de Relações Exteriores aprovou o Acordo entre o Brasil e a Santa Sé. Essa tratativa diplomática cria o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, que há muito se faz necessário, mais precisamente desde a proclamação da República, em 1889. Isso demonstra a isenção objetiva de nossa casa de leis não se deixando levar por preconceitos e pressões e permanecendo naquilo que é a verdade e dando a devida importância a esse momento para a democracia de nosso país laico.

As disposições nos vinte artigos constantes no documento, assinado pelo Secretário de Estado do Vaticano, e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em novembro de 2008, estabelece normas que, longe de ferir a Constituição Federal – como alguns desavisados têm lançado com insistência à opinião pública –, ratifica uma relação que sempre existiu e abre perspectivas, inclusive para outras religiões no país (como, aliás, foi com relação ao Ordinariato Militar). Dentro do acordo de lúcidos e louváveis líderes, o documento, agora, será submetido ao plenário para votação, em regime de urgência, já na próxima semana.

Infelizmente, nem todos conhecem o teor do Acordo ou possuem conhecimento específico nessa área das Ciências Jurídicas. Contudo, o bom senso há de ser o santelmo a clarear os estudos, principalmente dos que tem má vontade e preconceitos, e consigam compreender que não está se concedendo privilégio extraordinário nenhum à Igreja Católica. Essa comunhão que se promove é uma capacidade que o Estado democrático laico é capaz de proporcionar: o respeito entre as partes, desde que solidificados sobre os fundamentos éticos e morais, com o intento de promover o crescimento e o bem-estar comum dos cidadãos, sem descartar a possibilidade, como já me referi acima, de outras crenças se beneficiarem desse Acordo.

Faz-se necessário ressaltar o trabalho do relator do projeto no Congresso Nacional, que vem acompanhando o seu trâmite com muita atenção, buscando sanar qualquer dúvida que possa prejudicar o êxito de sua apreciação. O relatório, de uma perfeição digna de nota, reproduz o que o senso médio de pessoas imparciais percebeu desde o início: o Acordo Brasil/Santa Sé apenas codifica várias leis esparsas que, agora, num tomo único, mostram a Igreja Católica com reconhecimento jurídico, de uma instituição que ajudou a construir esta grande Nação, nascida diante da Cruz do Senhor Jesus. Por isso, torno público o meu agradecimento pessoal, e em nome da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, ao Deputado relator e a todos que votaram favoráveis na Comissão de Relações Exteriores. Agora, aguardo que o mesmo aconteça no plenário da Câmara. Com a aprovação do acordo na Câmara Federal se prestigia o estado de direito, a norma jurídica, a tecnicidade e torna ainda mais fácil continuar praticando os muitos serviços que a Igreja Católica presta no campo social, educacional, da saúde, da assistência ao idoso, enfim, de uma maneira ampla ao povo brasileiro.

+ Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

ANO SACERDOTAL

O Sumo Pontífice BENTO XVI, com grande propriedade e oportunidade, proclamou o ano de 2009-2010, como o ANO SACERDOTAL, para que toda a Igreja, nas pegadas da celebração dos 150 anos do falecimento de São João Maria Vianney – o Cura d’Ars – possa refletir sobre a dignidade e importância da pessoa do sacerdote em nossas comunidades eclesiais.

O sacerdócio ministerial nasce na última ceia, quando Cristo “Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo aos seus discípulos: “Isto é meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim”. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: “Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós...” (Lc, 22, 17 a 20). Este mandado, o Senhor deu aos seus amigos: “Fazei isto em memória de mim”.

Posteriormente, após a Ressurreição, Jesus entregou aos seus discípulos a missão de propagar e anunciar o Reino de Deus, dando-lhes o Espírito Santo e o poder de restaurar a amizade com Deus, destruída pelo pecado: “Disse-lhes outra vez: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós.” Depois destas palavras soprou sobre eles, dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhe-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos.”

Esses poderes dados por Cristo aos seus amigos, os apóstolos: fazer a memória do sacrifício da Cruz, difundir o reino de Deus, reconciliar o homem com Deus e propagar a paz, foram, posteriormente, transmitidos aos sacerdotes.

Não há dádiva maior para a humanidade que a instituição do sacerdócio ministerial. Não há dignidade maior para o ser humano do que o realizar a perpetuação da missão de Cristo.

Os sacerdotes, todavia, são pessoas com defeitos e erros, mas essas limitações não lhes tiram ou diminuem a magnificência da sua missão.

É necessário que nossas comunidades cristãs, neste ano dedicado ao Sacerdócio, reflitam sobre a dignidade desta vocação e a grandeza de sua missão: fazer a memória do sacrifício da Cruz, difundir o reino de Deus, reconciliar o homem com Deus e propagar a paz, por isso mesmo é que a Igreja pede que rezem pela santificação dos sacerdotes.

Considere-se sumamente importante, também, que cada comunidade cristã veja no seu pároco um amigo e lhes perdoe e compreenda os defeitos e erros e, principalmente, rezem pelos sacerdotes, para que Cristo capacite, cada vez mais, aqueles que foram escolhidos para essa bela e nobre missão.

O Brasil nasceu sob as bênçãos da Cruz! Os primeiros evangelizadores se preocuparam em legar-nos as mensagens do cristianismo. Os primeiros centros de estudos no Brasil foram dirigidos por abnegados e dedicados sacerdotes.

Com nossa mentalidade hodierna, muitas vezes, julgamos negativamente a maneira que realizaram a primeira evangelização. Todavia, o que importa é a missão da Igreja no cotidiano, ser através do testemunho de muitos, sacerdotes e cristãos, a difusora do Reino de Deus pela fraternidade entre os homens, pela paz, pela reconciliação, pela implantação do reino do amor.

Neste ano dedicado às orações pelos sacerdotes e pelas vocações sacerdotais, quero exortar a todos com as palavras proféticas de Cristo, rememorando a missão de todos na Evangelização constante do mundo, tornando cada um de nós, sacerdotes e leigos, responsáveis pela perpetuação da boa nova do Evangelho.

+ Orani João Tempesta, O. Cist.

Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, RJ.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Gripe A (H1N1) - Perguntas e Respostas


AVISO: Este questionário me mandaram por e-mail. Como a pessoa que me enviou não informou a fonte, é possível que alguns dados careçam de comprovação científica. Em todo caso isso não significa que o questionário abaixo não esteja correto. Se alguém possui a fontes das seguintes informações ou discorda do que aqui é apresentado, por favor, contribua com o seu comentário ou envie-me por e-mail que terei o prazer em corregir.

1.-Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa maçaneta ou superfície lisa?
Até 10 horas.
2.-Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos?
Torna o vírus inativo e o mata.
3.-Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?
A via aérea não é a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais importante para que se instale o vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos) o vírus não voa e não alcança mais de um metro de distancia.
4.-É fácil contagiar-se em aviões?
Não, é um meio pouco propício para ser contagiado.
5.-Como posso evitar contagiar-me?
Não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca. Não estar com gente doente. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.
6.-Qual é o período de incubação do vírus?
Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase imediatamente.
7.-Quando se deve começar a tomar o remédio?
Dentro das 72 horas os prognósticos são muito bons, a melhora é de 100%
8.-De que forma o vírus entra no corpo?
Por contato ao dar a mão ou beijar-se no rosto e pelo nariz, boca e olhos.
9.-O vírus é mortal?
Não, o que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é a pneumonia.
10.-Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?
Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão.
11.-A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?
Não porque contém químicos e está clorada
12.-O que faz o vírus quando provoca a morte?
Uma série de reações como deficiência respiratória, a pneumonia severa é o que ocasiona a morte.
13.-Quando se inicia o contagio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?
Desde que se tem o vírus, antes dos sintomas.
14.-Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?
De 0%, porque fica-se imune ao vírus suíno.
15.-Onde encontra-se o vírus no ambiente?
Quando uma pessoa portadora espirra ou tosse, o virus pode ficar nas superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que houver umidade. Já que não será esterilizado o ambiente se recomenda extremar a higiene das mãos.
16.-O vírus ataca mais às pessoas asmáticas?
Sim, são pacientes mais suscetíveis, mas ao tratar-se de um novo germe todos somos igualmente suscetíveis.
17.-Qual é a população que está atacando este vírus?
De 20 a 50 anos de idade.
18.-É útil a máscara para cobrir a boca?
Existem alguns de maior qualidade que outros, mas se você não está doente é pior, porque os vírus pelo seu tamanho o atravessam como se este não existisse e ao usar a máscara, cria-se na zona entre o nariz e a boca um microclima úmido próprio ao desenvolvimento viral: mas se você já está infectado use-o para não infectar aos demais, apesar de que é relativamente eficaz.
19.-Posso fazer exercício ao ar livre?
Sim, o vírus não anda no ar nem tem asas.
20.-Serve para algo tomar Vitamina C?
Não serve para nada para prevenir o contagio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.
21.-Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível?
A salvo não esta ninguém, o que ajuda é a higiene dentro de lar, escritórios, utensílios e não ir a lugares públicos.
22.-O virus se move?
Não, o vírus não tem nem patas nem asas, a pessoa é quem o coloca dentro do organismo.
23.-Os mascotes contagiam o vírus?
Este vírus não, provavelmente contagiem outro tipo de vírus.
24.-Se vou ao velório de alguém que morreu desse vírus posso me contagiar?
Não.
25.-Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?
As mulheres grávidas têm o mesmo risco mas por dois, podem tomar os antivirais mas em caso de de contagio e com estrito controle médico.
26.-O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com este vírus?
Não sabemos que estragos possa fazer no processo, já que é um vírus novo.
27.-Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?
Não é recomendável, pode ocasionar outras doenças, a menos que você tenha prescrição por problemas coronários, nesse caso siga tomado.
28.-Serve para algo tomar antivirales antes dos síntomas?
Não serve para nada.
29.-As pessoas com AIDS, diabetes, câncer, etc., podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia se contagiam com o vírus?
SIM.
30.-Uma gripe convencional forte pode se converter em influenza?
NAO.
31.-O que mata o vírus?
O sol, mais de 5 dias no meio ambiente, o sabão, os antivirais, álcool em gel.
32.-O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?
O isolamento.
33.-O álcool em gel é efetivo?
SIM, muito efetivo.
34.-Se estou vacinado contra a influenza estacional sou inócuo a este vírus?
Não serve para nada, ainda não existe vacina para este vírus.
35.-Este vírus está sob controle?
Não totalmente, mas estão tomando medidas agressivas de contenção.
36.-O que significa passar de alerta 4 a alerta 5?
A fase 4 não faz as coisas diferentes da fase 5, significa que o vírus se propagou de Pessoa a Pessoa em mais de 2 países; e fase 6 é que se propagou em mais de 3 países.
37.-Aquele que se infectou deste vírus e se curou, fica imune?
SIM.
38.-As crianças com tosse e gripe têm influenza?
É pouco provável, pois as crianças são pouco afetadas.
39.-Medidas que as pessoas que trabalham devam tomar?
Lavar-se as mãos muitas vezes ao dia.
40.-Posso me contagiar ao ar livre?
Se há pessoas infectadas e que tosam e/ou espirre perto pode acontecer, mas a via aérea é um meio de pouco contágio.
41.-Pode-se comer carne de porco?
SIM pode e não há nenhum risco de contágio.
42.-Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?
Ainda que se controle a epidemia agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode voltar e ainda não haverá uma vacina.